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19/10/2021

Amazon sob risco de investigação criminal

Cultura

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Amazon sob risco de investigação criminal. Vamos entender isso passo a passo. No ano passado, Jeff Bezos, então CEO da Amazon, se apresentou ao Congresso americano. À época, afirmavam que a Amazon poderia usar dados de vendedores terceiros na plataforma para moldar seus próprios lançamentos, obtendo uma vantagem desleal.

Imagine que você é um vendedor de tênis, que usa o marketplace da Amazon para vender seus produtos e alcançar novos clientes. Em teoria, a Amazon teria a capacidade técnica para monitorar suas vendas e descobrir quais são seus tênis de maior sucesso. A partir disso, a empresa poderia começar a vender produtos similares. O único impeditivo seria um compromisso ético.

Durante o depoimento de 2020 no Congresso, Bezos afirmou que havia uma política interna contrária a essa prática de monitoramento de vendedores individuais. Só que relatórios recentes da Reuters e da The Markup indicaram uso de dados de vendedores independentes para cópia de produtos populares, além de manipulação de resultados de pesquisa para favorecer itens próprios da Amazon.

Bezos mentiu ao governo estadunidense? Para descobrir, o Congresso enviou uma carta à empresa pedindo explicações documentadas. Caso a empresa não se mova, será aberta uma investigação criminal.

Em resposta inicial, um porta-voz disse que a Amazon e seus executivos não enganaram o comitê. "Negamos e corrigimos os artigos imprecisos da imprensa em questão." [BBC]

 

Funcionários da Netflix divulgam lista de demandas antes da paralisação de quarta-feira. A mobilização se iniciou após uma controvérsia envolvendo o especial de comédia The Closer, de Dave Chappelle. Muitas pessoas, inclusive de grupos LGBTQIA+, criticaram o conteúdo como sendo transfóbico. Executivos da Netflix defenderam a permanência do conteúdo. Depois, demitiram uma pessoa responsável por organizar a mobilização.

A lista de demandas não recomenda a remoção do especial de comédia. Isso é intencional e estratégico, já que evita que o caso seja reduzido ao enquadramento da “guerra cultural” entre censura e discurso de ódio. As demandas buscam, na realidade, adoção de medidas nas áreas de investimento em conteúdo, relações institucionais e segurança que evitem futuras instâncias de transfobia e discurso de ódio na plataforma”. [The Verge]

Escolas do Reino Unido usam reconhecimento facial para verificar pagamentos de crianças por refeições escolares. Segundo escolas, a tecnologia torna o processo mais rápido e higiênico. Só que a mudança também normaliza um estado de vigilância biométrica inseguro e problemático. [The Verge]

WhatsApp lança recurso para que usuários possam “entrar nas chamadas de grupo”. Agora, além de ligar para um grupo, usuários podem ingressar nas chamadas em andamento. [TechCrunch]